O amor é o amor — e depois?! Vamos ficar os dois a imaginar, a imaginar?...
O meu peito contra o teu peito, cortando o mar, cortando o ar. Num leito há todo o espaço para amar!
Na nossa carne estamos sem destino, sem medo, sem pudor e trocamos — somos um? somos dois? espírito e calor!
O amor é o amor — e depois?
Alexandre O'Neill |
Falo de ti às pedras das estradas, E ao sol que e louro como o teu olhar, Falo ao rio, que desdobra a faiscar, Vestidos de princesas e de fadas;
Falo às gaivotas de asas desdobradas, Lembrando lenços brancos a acenar, E aos mastros que apunhalam o luar Na solidão das noites consteladas;
Digo os anseios, os sonhos, os desejos Donde a tua alma, tonta de vitória, Levanta ao céu a torre dos meus beijos!
E os meus gritos de amor, cruzando o espaço, Sobre os brocados fúlgidos da glória, São astros que me tombam do regaço!
Florbela Espanca |
Tens nos olhos a luz que me faltava. Agora posso ver o que não via: O rosto da alegria No teu rosto. Vinho ainda a sonhar Na fervura do mosto, Não sabes duvidar Das ilusões. És a vida que esperas... Em ti, as estações São todas primaveras.
Miguel Torga |
Amanhã celebra-se o Dia dos Namorados. Haverá prenda mais bela do que um poema? | ||
Retrato, Miguel Torga Falo de Ti às Pedras das Estradas, Florbela Espanca O Amor é o Amor, Alexandre O'Neill |
Blogue criado para a participação na segunda edição do concurso Ler Em Português, promovido pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Leitura, tendo como tema: Português, Uma Língua com História.
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